quinta-feira, 17 de março de 2011

E se fosse seu filho?

Quando estive com meu sobrinho (aquele que mora na Bahia) de 10 anos em novembro, percebi o quanto a garotada tem curtido o estilo happy rock, aquele estilo da banda Restart. Teve um dia que vi ele assistindo um clip da banda e achei fofo. Aquele garotinho do qual me lembrava, não existia mais...estava alí um pré adolescente se despertando para o mundo.
É claro que por influência da banda, ele estava doido por uma basqueteira (o tênis colorido) e pelo relógio de trocar as pulseiras da Champion. Sei que minha cunhada, acabou comprando os dois. Até comentei com o Jú depois que o próximo passo seria usar aquelas calças coloridas, grudadinhas no corpo...rs  Até esqueci de perguntar se ele já não pediu uma.
Esses dias numa pizzaria, fiquei encantada com o estilo de um garotinho, que estava sentado na mesa em frente a nossa. Ele não aparentava ter mais de 11 anos.  Sabe menininho moderno, fashion e cheio estilo? Primeiro o que me chamou a atenção foi o relógio colorido pink, depois a camisa xadrez com fundo vermelho e com as mangas dobradas até os cotovelos e por baixo uma camiseta básica branca, o cabelo liso com a franja caindo no olho e por último os óculos branco que estava apoiado na mesa. Ah...a calça era jeans pq quando ele foi embora eu reparei. Achei o menininho uma graça.
Hoje, conversando com um amigo, ele me contou que o filho de 9 anos, tem o relógio colorido da Champion, o tênis e agora quer camisetas e calças coloridas. Fora que quer deixar o cabelo crescer também. Meu amigo, disse que o relógio e o tênis tudo bem, mas calça e camiseta colorida é demais! E o cabelo está fora de cogitação. Segundo ele é coisa de boiola (palavras dele, tá?). Daí começamos a discutir o assunto. Eu dizendo que não via nada demais no estilo e ele falando que não aceitava que o filho se vestisse daquela maneira. Sei que ele me fez a seguinte pergunta. “ Se o Davi, tivesse a idade do meu filho, vc preferiria que ele vestisse uma calça jeans ou bermuda, com uma camisa polo com um tênis ou que ele usasse uma camiseta rocha, uma calça verde,  um relógio amarelo e um tênis azul?”  Na hora foi difícil responder, mas disse que gostaria que ele se vestisse de uma maneira “normal”, mas que se caso ele curtisse esse estilo, não sentiria vergonha em andar com ele e respeitaria seu gosto. E disse ainda que tudo aquilo era uma fase.
Sinceramente, não veria muito problema neste estilo específico do qual estou falando, mas depois fiquei pensando se de repente meu filho se identificasse com alguma tribo que usasse só preto por exemplo, como eu reagiria? Como seria se meu filho quisesse colocar um brinco, só pq todo mundo está usando? Eu não gosto de menino de brinco, mas o Júnior não aceitaria de forma alguma.
Sou de uma família religiosa e de costumes bem rígidos. Me lembro de quando meu irmão chegou de brinco em casa. Ele já não tinha 10 anos, mas se não me engano, já era maior de idade e me lembro que foi um deusnosacuda. Pra não contrariar ele não usava na frente dos meus pais, mas era só sair que colocava. Não era pior?
Nós como pais, tentamos passar conceitos aos filhos, daquilo que acreditamos se legal melhor e correto, mas existem coisas que fogem ao nosso controle, pois existe a influência da mídia, dos amigos...
Proibir é o caminho? Será que uma conversa do tipo “olha filho, eu não gosto e também não gostaria que vc colocasse ou usasse, mas é vc quem decide” não seria menos radical e talvez ele até se desinteressasse naturalmente?  O que vcs acham?
Perceberam que estou sofrendo antecipadamente, né? rsrs

10 comentários:

  1. Oiiii!! olhaaa..isso dá tanto pano para manga,rsrs..bom..esse assunto sempre rola por aqui! Eu tenho muitas tatuagens e sempre me questionam o que farei se meu filho quiser ter, entre outra sperguntas do genero..olha,concordo plenamente com o que vc fala que a gente tem é que passar valores corretos aos nossos filhos...acho que temos que deixar ciente para eles o que é o certo e o errado,valores e não aparencias..e tb deixar claro que mesmo que ele seja uma pessoa correta..varias outras irão julga-lo por aquilo que ele usa,veste ou come..
    Se um dia meu filho quiser ter tatuagem,embora ele ja tenha deixado claro que n gosta e que n vai ter nunca(kkkk),caso quisesse..antes eu iria explicar a ele que muita gente vai entortar a cara p ele, que em muitas profissoes ele n vai poder seguir,entre tantas outras coisas...continuo achando que a conversa é a melhor coisa!mesmo que seja para proibir,mas tem que explicar o pq!!
    ;-)
    beijos,uma otima quinta p vc!!!

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  2. Oi Li
    Sobre sua pergunta: ele volta no domingo :( ainda falta um bocado né... estou começado a me preocupar...vamos visitar um amiguinho dele pra ver se ele distrai um pouquinho...
    Nossa amiga, esse assunto do seu post gera uma discussão infinita, pq é dificil imaginar nossos pequenos com essas atitudes, e, o que será na época deles, antes o estilo rock, punk, hj estilo restart (pra mim caixa de lapis de cor rsrs) e ficamos imaginando que daqui 10 anos o que será... tenho um afilhado de 3 anos que é encantado no tal do Biber, quer se vestir igual, dançar igual e pentear o cabelo igual e com isso ja decretou guerra a tesoura, parece q vai deixar crescer... o que fazer né... ah sinceramente ainda não sei, mas claro que concordo com vc de haver mto diálogo mas proibir acredito que não seja o caminho...
    Ai amiga e acho q o meu vai ser cheio de atitude logo, pois acredita que ele quem escolhe os sapatos e às vezes as roupas? Rsrsrs
    Daqui uns dias estou eu, andando com minha caixinha de lapis de cor ambulante kkkkk
    Bjs querida...

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  3. Li, eu preciso mesmo responder agora? É tão cedo e você já me faz sofrer tanto assim!
    Estou dolorida, já querendo abolir a Tv e por as criatudo numa redoma escura. Aff!
    Normalmente eu não sou neurótica,acredite.
    Espera... Não sei o que vou fazer. *rss

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  4. Vixe, complicadíssimo!!!
    Quando é nosso filho, a coisa muda de figura!! Hehehehe...
    Muitas coisas me desagradam no mundo de hoje e sempre penso que quando tiver filhos, não gostaria que eles fizessem essas e outras muitas coisas que na minha visão são "esquisitas".
    Mas eu acho que boa parte das escolhas que eles farão lá na frente se devem ao modo em que forem criados, ao mundo que lhes for apresentado, aos estímulos recebidos em casa, às motivações, que sempre devem ser "pro-postas" e não "im-postas".
    Depois de uma fase, quando já são mais crescidos, já é importantíssomo criar o senso de negociação com eles. Acho que é como vc falou, as coisas se tornam muito naturais, eles se sentem à vontade para se abrir, para discutir anseios, angústias e mesmo para demonstrar gostos, estilos, pensamentos...
    Uma criação repreensiva geram filhos repreendidos, que muitas vezes optam por um estilo radical apenas para chocar seus pais, para chamar atenção...
    Mas se um filho resolve adotar um "estilo" não convencional mesmo sob uma criação tranquila, equilibrada, etc...a responsabilidade não é nossa. Nessa idade (pré-adolescência), eles já vão tomando as próprias decisões e bater de frente pode piorar.
    Se não me engano, tenho uma leitura para indicar pra vc, sobre isso...
    Vou buscar na escola e te falo!!!

    Mas vale lembrar também que muita coisa precisa se transformar dentro de nós, para não nos tornamos pais caretas e aterrorizantes, para não disceminarmos, sem querer, preconceito dentro da própria casa. Sempre somos espelho dos jovens!!!
    Discernir o que é prejudicial do não prejudicial para o adolescente já um começo para as mães não sofrerem antecepidamente, nem durante a fase!!!

    É como eu penso, Li...

    Depois te passo a leitura!!!

    Beijão, amiga!!!!

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  5. Bom se eu for sofrer por antecedencia to perdida rs afinal sou toda tatuada rsrs, porem acho que proibir é sempre pior na minha epoca de adolescente tive varias fases uma que odiava meu cabelo usava só boné outra que usava só bermudão rsrsr ai minha mãe morreu e eu fiquei com uma tia cheia de precoceitos e proibições não gostava de nada disso e muito menos era educada por isso, quando fui morar sozinha os meus valores vieram do que a minha mãe havia me ensinado e me dei ao luxo de fazer o que tinha vontade e não ofenda meus principios, no final sei que da tudo certo rs a gente fica careta e deixa os coloridos, pretos e todo resto.Mas acho que conversar e ser amigo do seu filho faz com que ele seja mais cumplice e queira sua opnião.
    beijos

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  6. Boa reflexão. Também não sei qual é a melhor forma de abordar isso, porque meus meninos ainda não têm idade para escolher de forma tão consciente seus gostos.
    Mas acho que tentar mostrar a eles estilos diversos e não ter preconceito com a escolha deles, desde que não seja ofensiva ou faça mal a eles, é um bom caminho.
    Parabéns!
    Beijos
    Glauciana
    @BlogCoisadeMae e @redemulheremae

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  7. Oi querida!!! retribuíndo as suas visitas.... rs está sofrendo muito, mas muito mesmo antecipadamente... calma.. um dia de vez... como anda viciada neste livro.. seja feliz agora, neste momento... Depois nossos filhos acredito eu, são nosso espelho...então acho que se o Davi tiver um.. vai ser tipo "David Beckham", vaidoso, lindo e chiquérrimo!! beijoooooooooo

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  8. Li,
    É difícil dizer o que é certo ou errado, ou o que faríamos daqui a 10 anos por exemplo, porque o estilo dos nossos filhos (ainda não sou mãe, mas penso nessas coisas também, rs) vai depender das amizades, dos lugares que ele frequentar, do que for moda na ocasião e, principalmente, da personalidade dele.

    Acho que deve haver limites.
    Ter um estilo e seguir moda é bacana. O que não é bacana é exagerar ou viver em função disso.

    Como por exemplo um garoto que deu uma entrevista para o Fantástico dizendo que gastava 1 hora no banheiro só para arrumar o cabelo!
    Isso não acho legal (nem másculo! rs).
    Mas é bacana ver que ele é vaidoso.

    Vaidoso é uma coisa, obcecado na sua própria beleza é outra.

    Acho que TUDO na vida que tem seus limites dá certo. Aí vai da mãe aceitar ou não...rs

    Bjs

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  9. Vou falar por mim e minha experiência como adolescente (porque eu já tive 12 anos) e como mãe de adolescente. Tudo o que é proibido é mais interessante e se eu não posso fazer na frente dos meus pais, farei escondido. O diálogo e a compreensão são fundamentais. Não gosta do estilo restart? Negocie. Proibir nunca é bom negócio.

    Abraços

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  10. Salve, Lílian! Enfim, coloquei as regrinhas dos selinhos que me ofereceste lá nos Diários! Tudo dentro de uma crônica bem bacaninha: não deixe de conferir!

    Sobre tua postagem: achas mesmo o "estilo" do Restart bonitinho?! Caramba, aquilo morreu nos anos 80 e foi desenterrado por falta de criatividade... Bom, independente disso, proibir, jamais - nada que uma boa conversa sobre a tolice de ser igual a todo mundo por causa de tolos modismos passageiros acho que dá conta direitinho do recado!

    Excelente postagem! E não estás "sofrendo por antecipação", não: hoje em dia, com esses meninos cada vez mais "cheios de personalidade" e "precoces" (desculpas esfarrapadas de pais que não dão limites a seus filhos), nada mais justo do que ficar alerta desde sempre!

    Abração e comente lá nos Diários!

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